terça-feira, 8 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO

A Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Luis de Ataíde de Peniche, deseja a todos os Pais, Mães, Encarregados de Educação, Alunos, Professores e Pessoal não Docente da nossa escola, um FELIZ NATAL e UM PRÓSPERO ANO NOVO.
O presente que deixamos a todos é um clip de video de Alanis Morissette que nos obriga a reflectir ...
http://www.youtube.com/watch?v=aYE_TdVo5FY

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Isabel Allende - Conferência de uma grande escritora e uma extraordinária mulher - A NÃO PERDER!

Copiar o link abaixo e abri-lo no browser

http://www.ted.com/talks/lang/por_br/isabel_allende_tells_tales_of_passion.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Arte da Manipulação

Vamos falar sobre aquilo que mais atemoriza muitos pais: Como conseguir não fazer a vontade a um filho ou a uma filha, quando sabemos que essa é a atitude mais correcta, mas não resistimos às técnicas muito evoluídas de manipulação que as crianças aprendem sabe-se lá onde?



Acontece todos os dias a criança querer alguma coisa, seja atenção, comida, um brinquedo, ou mil e uma outras coisas, mas o pai ou a mãe não considerar que essa é a melhor altura para satisfazer o seu desejo. E o que acontece? Ela resolve colocar em prática alguma ou várias das suas técnicas de persuasão, de forma a tentar conseguir o que pretende. O pior é que muitas vezes o consegue. Assim sendo, começa por ser importante os pais saberem com o que podem contar para não se deixarem enganar. Vamos, assim, por partes, e revejam comigo as técnicas de manipulação mais comuns:



Repetição – Nesta forma de persuasão, a criança repete até à exaustão o seu pedido. Pode ser um simples gelado, mas após pedir “quero um gelado” (e ouvir um “não” como resposta) durante cem vezes, ainda tem fôlego para perguntar outras cem. Ou, para variar ligeiramente, altera a pergunta para algo do género “é a última vez” ou “é só desta vez”. Muitos são os que não resistem, vencidos pelo cansaço, ou pela falta de voz.



Provocação – A criança procura obter o que deseja provocando os pais. Trata-se de uma técnica mais refinada do que a anterior. Esta provocação pode ser apenas verbal, com as célebres frases “já não gosto de ti”, “és má”, “gosto mais do pai”, e muitas outras. Para algumas mães, estas são frases como que mágicas e conduzem-nas a fazer tudo o que a criança quer para conquistar de novo o seu carinho e a sua aceitação. Outras vezes, a provocação é física, com a criança a atirar-se para o chão, a bater com a cabeça na parede, a gritar... Tudo o que lhe vier à cabeça que a mãe considere prejudicial à sua saúde ou que a embarace se está num local público. Muitas são também as que cedem rapidamente à tentação de terminar com essa cena, dando à criança o que ela pede, para poderem ter sossego outra vez.



Ameaça – Esta técnica é usada por crianças mais velhas e traduz-se, mais ou menos, assim: “Alguma coisa má vai acontecer se não fizerem o que eu quero…” A ameaça pode ser mais específica e incluir “não volto a falar contigo”, “nunca mais faço os trabalhos de casa”, “nem penses que vou jantar”, até ao dramático “vou fugir de casa”. É necessário estar bem consciente do seu papel como mãe ou pai para não cair nesta ameaça.



Mártir – É a técnica preferida de algumas crianças mais passivas e introvertidas. Consiste em fazer sentir aos seus pais que se não cederem ao seu pedido é uma tremenda injustiça. Inclui frases como “ninguém me liga”, “ninguém gosta de mim”, “a vida é uma injustiça” ou “só me apetece morrer”. Nenhum pai ou mãe gosta de ouvir estas frases, sendo por isso instrumentos muito poderosos. E a criança sabe disso.



Anjo – A criança, habitualmente peste ou perto disso, sofre uma transformação mágica e torna-se o maior santo das redondezas. Tudo faz para que os pais se sintam bem e para que reparem no quão bem-comportada ela é. Mas tem um objectivo claro que é o de “amolecer” os pais até ao momento oportuno de fazer o pedido há muito pensado. Tipo estocada final, quando eles estão distraídos. Muitos pensarão: “Está a portar-se tão bem que merece o que está a pedir”, mas o comportamento não foi genuíno, mas interesseiro.



Agressão – É a técnica mais radical. A criança, não conseguindo o que quer, parte para a violência física. Esta pode revestir-se de várias formas, desde bater nos pais a partir objectos. É frequente nas crianças mais novas, pois é um mecanismo mais primário de conseguir atenção e fazer chantagem.



Decerto todos conseguiram encontrar alguma forma habitual de actuação nas crianças lá em casa. A questão principal não é se as crianças tentam manipular os pais, pois isso já sabemos que sim. A questão principal é se os pais se deixam levar pela manipulação da criança. Educar implica, de vez em quando, provocar alguma frustração nos nossos filhos, não lhes dar tudo o que pedem ou se acham no direito de obter. E isso não tem nada de mal. Em termos práticos, se identificou um padrão de manipulação que é habitualmente usado por um dos seus filhos, isso implica que algo está mal na educação dessa criança, pois significa que ela já percebeu que essa técnica funciona consigo. Seja firme e não deixe de fazer aquilo que acredita ser o melhor para elas. Independentemente da pressão a que vai ser sujeito por parte das crianças. É para o bem de todos.

Por Paulo Oom

Pediatra da Clínica Gerações

Tel. 213 583 910

paulo.oom@geracoes.net

sábado, 19 de setembro de 2009

A idisciplina vista por Fernando Savater

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar.
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar se deve, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães, que não exerceram essa autoridade sobre os filhos, que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa..
'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois.
Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.
'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo do que permitir as situações que depois se criam'.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
Gostou? Então divulgue...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Comentário de um professor ao artigo publicado no Correio Popular

Meu Caro,
 
Escrevo-lhe para dizer que li o seu artigo no Correio Popular...e gostei.


Escrevo-lhe para lhe dizer que é necessário que os pais assumam um outro papel na escola. Não só no que respeita ao seu dever enquanto educadores dos seus filhos, mas como elementos indispensáveis para a alteração da escola pública nomeadamente através do papel que já lhe é atribuído na legislação, pela sua integração nos órgãos dirigentes.


Escrevo-lhe porque aprecio a sua atitude...e talvez possa ajudar a uma melhor compreensão do problema.


De facto,
Os professores encaram a escola como coisa sua e cada professor encara a sua aula como "o seu reino". Todas as tentativas de alteração a este estado de coisas tem sido mal vindas pelo corpo docente e dentro da medida do possível, bloqueadas.


É evidente para mim, professor com mais de 30 anos de experiência, que a escola pública necessita de mudar e não será por dentro que será possível essa mudança.


No que diz respeito à indisciplina, chamo a sua atenção para o seguinte:

1 - Como sabe, enquanto pai, a pior coisa que existe para minar a autoridade é haver comportamentos divergentes dos pais em relação a uma qualquer atitude incorrecta do filho. Se um finge que não vê ou relativisa, o outro nunca será capaz de convencer o educando da gravidade da sua atitude, muito menos contribuir eficazmente para a alteração do seu comportamento.


2 - Na escola passa-se o mesmo. Não temos vários pais, mas sim vários professores, cada um com o seu "reino" onde a diferença entre os níveis de permissividade, face a comportamentos desajustados, é muito maior do que o pior que possa imaginar. Muitos professores adoptam (como muitos pais) a atitude simplista de fingirem que não vêm, por várias razões, que depois explicarei.


3 - Com esta realidade, a que se junta a realidade que descreveu no seu artigo, relativamente à desresponsabilização dos pais face à educação dos filhos, que leva alguns pais a dizerem abertamente "não tenho mão no meu filho" (o mesmo é dizer, ele faz o que quer e eu fico a ver), é impossível estabelecer parâmetros de comportamento admissíveis e mais importante, muito difícil estabelecer uma relação baseada na autoridade com os alunos. Note que a autoridade a que me refiro não é o autoritarismo do "eu posso quero e mando" mas aquele que resulta do reconhecimento por parte do aluno da autoridade do professor, que em paralelo com o reconhecimento da autoridade dos pais, resulta não só da competência técnica, mas do reconhecimento da sua valia como pessoa, homem ou mulher, que escolheram como vocação ensinar e fazer crescer.


4 - Se o problema a que refere no artigo (irresponsabilidade de alguns pais face à educação dos seus filhos) é um problema nacional e cultural profundo e de difícil solução (para o combater sugeria um maior envolvimento das comunidades locais e associativas na educação dos jovens, o que implicaria uma funcionalidade mais alargada das muitas associações a nível concelhio), já o outro (a inexistência de parâmetros de comportamento admissíveis comuns aos vários professores) parece-me de bem mais fácil de resolução, sendo para isso apenas necessário uma alteração do modo como funciona a escola (cada aula um reino) e isso já por si será muito difícil.

Acredite que o maior óbice (não revelado) dos professores a uma avaliação, nos moldes propostos pela Ministra, é o quebrar desse tabu, de que cada aula é um reino (e ninguém tem nada a ver com a maneira como eu dirijo o meu). A observação de aulas e a sua avaliação por colegas implica necessariamente a destruição desse tabu.


5 - Relativamente aos motivos que levam á inexistência dos tais parâmetros, prendem-se não só com o conceito de que cada aula é um reino (e portanto com regras, ou sem regras, próprias) mas também com a atitude do ministério, que tem ao longo dos anos passado para os professores e para a escola toda a responsabilização dos (maus) comportamentos dos alunos. Sendo assim temos vindo a caminhar para uma escola virtual onde, se atendermos ao número de faltas e medidas disciplinares, não existe qualquer problema sério de indisciplina, o que aliás é a posição do Ministério da Educação.



De facto, a maior parte dos professores permitem nas suas aulas os comportamentos mais abusivos sem que aos mesmos corresponda qualquer sanção. É que uma falta disciplinar põem em causa não só o aluno como o professor, pondo em perigo a virtualidade da sua actuação e sabe-se lá se a sua própria avaliação. Quantas vezes tenho ouvido professores queixarem-se de atitudes aberrantes por parte de alunos, professores que quando questionados acerca da atitude que tomaram respondem: nenhuma...nem uma falta disciplinar, nem uma comunicação aos encarregados de educação. Ou, quando no caso de um aluno cujo comportamento já chegou a um ponto que não só já prejudica, mas inviabiliza mesmo as aulas de muitos professores, e o Conselho de Turma quer tomar medidas mais drásticas, nomeadamente a suspensão, se vai verificar que afinal não se pode tomar qualquer medida pois o aluno afinal é virtualmente bem comportado. Isto é, nenhum dos professores que se queixa de não conseguir dar aulas, lhe marcou qualquer falta disciplinar.


6 - O que os pais podem e devem fazer é não aceitar que se diga que a Turma A ou B é prejudicada pelo comportamento de alguns alunos, sem que esses alunos, esses comportamentos essas ocorrências e as medidas que foram tomadas para resolver a situação estejam devidamente registadas. Que não seja permitido dizer que o aluno A ou B é problemático ou mal comportado sem que haja um registo público detalhado de todas as ocorrências que levaram a essa conclusão, registo a que obviamente correspondem medidas disciplinares ou outras tendentes a corrigir o seu comportamento.


7 - Finalmente não chega disciplinar, é necessário premiar. É necessário que o mérito dos alunos, não só no que diz respeito ao aproveitamento, mas no que diz respeito ao seu comportamento seja premiado e não só através das "notas", a que os maus alunos não ligam nenhuma. A escola da Atouguia deu um pequeno passo nesse sentido através do prémio Guilherme de Corni, que é um prémio monetário relacionado com aproveitamento, mas estou certo que uma associação de Pais activa e criativa, com o apoio do mundo empresarial, poderá criar múltiplos prémios e incentivos não só ao sucesso escolar mas também ao sucesso na estruturação positiva do aluno, enquanto pessoa.
 
 
Espero ter sido de alguma utilidade nesta pequena clarificação acerca da indisciplina, vinda de
um professor, que tendo uma boa relação com os seus alunos e muito poucos problemas disciplinares ou de autoridade, é mesmo assim um dos professores que marca mais faltas disciplinares. Não são muitas, atendendo ao estado geral de educação, uma ou duas por semana. Os alunos permanecem na sala e é preenchida uma ficha com a ocorrência para o director de turma. Após a marcação da falta os alunos visados passam, regra geral, a moderar o seu comportamento.


Esta situação é incompreensível, para os alunos que não percebem bem porque é que só na minha aula agredir um colega com uma borracha atirada pelo ar, "apalpar" uma colega na brincadeira, ou dar uns encontrões a um amigo, perturbando a aula, é motivo para falta disciplinar. Devo dizer que para mim também é incompreensível, pois não entendo bem como é possível dar aulas fingindo que não se vê o que se passa à volta. Não me parece muito educativo.
 
Cumprimentos

(a pedido não se revela o nome do autor)
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terça-feira, 9 de junho de 2009

DVD - Projecto G8 - 5º B

DVD de apresentação do projecto G8 sobre o tema - VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Avisam-se todos os interessados que já se encontra disponível o DVD de apresentação do projecto G8, que contou com a presença de sua Exa. o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Peniche.
O custo é de 5€ e a receita reverte a favor da nossa associação.
Para encomendas, é favor contactar a nossa associação, ou o seu presidente em
leoneldossantos@mail.telepac.pt

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Assoc. Ambientalista Quercus "PASTILHAS ELÁSTICAS"

EMBRULHE AS PASTILHAS ELÁSTICAS ANTES DE DEITAR FORA!

Atraídos pelo cheiro adocicado e pelo sabor de fruta, os passarinhos tentam comer restos de pastilhas elásticas deixadas, irresponsavelmente, em qualquer lugar.
Ao sentirem a pastilha colada no seu bico, tentam, desesperados, retirá-la com as patas... E aí, acontece o pior: acabam sufocados.

Por favor, embrulhe a pastilha num pedaço de papel e deite-o no lixo.
Divulgue esta mensagem!

Seja você também consciente e ajude a Natureza! Há tanta coisa simples que podemos fazer para evitar tanta coisa assustadora! Esta é uma delas...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Entrevisto do Presidente da Associação ao Jornal Correio Popular


Antes de responder às questões que me foram colocadas pelo Correio Popular, gostaria de dizer duas coisas:

Em primeiro lugar pedir desculpa ao meu amigo José Manuel Lourenço, director do Correio Popular, pelo facto de há quatro meses estar à espera deste meu artigo e só agora estar pronto para publicação. O trabalho tem sido muito e embora tenha começado, logo que me foi dirigido o convite, a elaborar um rascunho, procurei ao longo deste tempo aperfeiçoá-lo e torná-lo digno de ser lido pelos leitores do Correio Popular. Reconheço que o que a seguir escrevo tem muitas limitações mas creio que o que é importante é transmitir ideias, que serão sem dúvida passíveis de ser rebatidas.

Em segundo lugar quero deixar claro que as opiniões que expresso, são as minhas próprias opiniões, não são seguramente, embora haja uma ampla coincidência de pontos de vista, o pensamento dos restantes membros da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Básica do 2º e 3º ciclo D. Luis de Ataíde de Peniche.

Questões

01- Quais são os vossos planos para este ano?
Os nossos planos para este ano forma aprovados na reunião de direcção que teve lugar em 12 de Novembro de 2008, em traços gerais o que propomos fazer é o seguinte:

1. CONHECER A ESCOLA – Os seus problemas e as suas necessidades.
Como?
Através de REUNIÕES com:
- Órgãos directivos
- Directores de turma
- Representantes dos funcionários
Através de INQUÉRITOS:
- Aos pais
- Aos alunos
- E a toda a comunidade educativa

2. PARTICIPAR ACTIVAMENTE NA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DA ESCOLA
Como?
Através da nossa disponibilidade para colaborar com quem nos contacte, órgãos directivos, directores de turma, professores, pais, alunos, funcionários, para a procura de caminhos que permitam que a escola seja um espaço de aprendizagem, de harmonia e de solidariedade.

3. ENVOLVER A COMUNIDADE E EM ESPECIAL OS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO:
Como?
Através da comunicação rápida e eficaz:
- Site na internet
- Blogue
- Artigos nos jornais locais
Através da participação:
- Acções de sensibilização no sentido de chamar os pais à escola e alertá-los para a importância da sua participação na vida escolar dos seus filhos
- Elaboração e envolvimento em projectos de animação do espaço escolar e de angariação de fundos, para compra de material para a escola.

4. A NIVEL ESTATUTÁRIO
- Criar um grupo de trabalho para analisar os actuais estatutos da associação e propor as necessárias adaptações à nova realidade decorrente não só da situação de inactividade da associação nos últimos anos, mas também da integração da escola num agrupamento vertical.

5. A NIVEL DO ASSOCIATIVISMO
- Colaborar activamente com a outra associação de pais existente no agrupamento, a da Escola nº 1, para que a informação flua atempadamente entre estas duas estruturas.
- Colaborar com a CONFAP

02- Um dos principais problemas que enfrentam é a baixa adesão dos pais. O que esperam fazer para tentar reverter essa situação?


Em nossa opinião, a baixa participação dos pais não é um problema exclusivo das associações de pais, é um problema cultural e no caso português agravado por um regime que durante 48 anos tomou as decisões em nome de todos. Por outro lado, hoje em dia assiste-se cada vez mais a um afastamento preocupante entre os representantes e representados e isso tem a ver com a defesa de interesses individuais em detrimento de interesses colectivos. Felizmente o paradigma da democracia intermitente, isto é a votação para os orgãos que nos representam de quatro em quatro anos, tem uma tendência acelerada para se alterar, alteração essa que está a ser feita através da imprensa, das sondagens, dos blogues, dos grupos de discussão e de opinião da internet, e dentro de muito pouco tempo os orgãos que detem o poder estarão muito mais atentos á sua actuação diária e não só quando pretendem agradar aos eleitores em períodos pré eleitorais. Isto é um assunto que nos levaria muito longe e a paciência dos leitores tem limites…

Há todavia uma realidade que não posso, nem devo, ignorar e que é minha obrigação denunciar.
Muitos pais encaram a escola como o armazém de crianças. Aquele sitio onde se “deixam os putos para não chatearem!”. O local onde deixam os filhos para irem trabalhar (e às vezes divertir-se). Muitos desses pais encaram a escola como um espaço que tem obrigação de os substituir na tarefa da educação. “Os professores que os eduquem, são para isso que são pagas!” já ouvi dizer. Ora a tarefa da educação, entendida como um conjunto de regras e comportamentos adequados à vida em sociedade é, em primeiro lugar, dever dos pais. É em casa que se começam por definir regras, não dizer palavrões, não ser rude com colegas, professores, empregados e com os demais seres humanos, respeitar os outros, comportar-se civilizadamente nos espaços que se tem que partilhar com as outras pessoas, acima de tudo, fazer interiorizar aquela máxima “a tua liberdade termina onde começa a liberdade dos outros”. É em casa que se aprende isso não é na escola!.
A educação começa em casa, a escola ensina as crianças mas não é sua função substituir-se à família.

Neste aspecto sou peremptório porque penso que os nossos impostos, que com muito sacrifício pagamos, (e porque somos um pais pobre, não temos petróleo nem outros recursos naturais que possamos explorar), devem ser geridos de forma exemplar. Se um aluno é mal comportado, se o encarregado de educação é chamado à escola e, ou não comparece ou comparecendo não faz rigorosamente nada para que o comportamento do seu educando se altere, então com a sua atitude está a desbaratar recursos que são de todos nós. E porquê? Porque o aluno, está a “roubar” o tempo que deveria ser utilizado para o ensino dos seus colegas. Porque pelo facto de se comportar mal, e obrigar o professor e os colegas a interromper a aula e a desviar a atenção, se está a apropriar de um recurso que é o tempo da aula para seu próprio beneficio.
O que fazer então ao encarregado de educação? Se não consegue que o seu educando cumpra regras (que por acaso até estão expressas no regulamento interno da escola), e se nada parece resultar, em ultimo caso penalizá-lo com aumento dos seus impostos para que assim possa compensar o prejuízo que causa à escola. É pena que nesta sociedade, todos se achem com direito a tudo, mas quando se fala de obrigações, é frequente assobiar-se para o lado.

Mais uma vez a cultura do facilitismo prevalece, porquê portar-me bem? vou ter um computador portátil mesmo assim, porquê estudar? no final do ano vou passar! (eles sabem que o processo burocrático que os professores tem que fazer é tanto para reterem os alunos, que alguns preferem fechar os olhos e atirar o problema para o ano/colega seguinte)

Em relação concretamente à nossa associação, pensamos que temos que demonstrar aos pais e encarregados de educação porque é que a associação de pais é importante, temos que agir de forma a que os pais sintam efectivamente que estamos a trabalhar em prol dos seus filhos e isso consegue-se fazendo propostas, intervindo activamente em todos os domínios.
O decreto lei 75/2008 de 22 de Abril, que estabeleceu o novo regime de autonomia das escolas, pôs nas mãos dos representantes dos pais uma série de instrumentos de forma a permitirem uma intervenção mais activa na escola. É nossa opinião que não devemos frustrar as expectativas dos governantes que puseram à nossa disposição estes instrumentos.

03- Como avaliam a relação pais/educadores com a escola, em especial com professores e integrantes dos órgãos de gestão da escola?

Como em todos os organismos quer públicos quer privados, quando se reconhece aos utentes/clientes o direito legitimo de intervirem, de forma a que os serviços possam ter uma melhor qualidade e possam corresponder aquilo que deles se espera, há sempre uma certa desconfiança. Aconteceu há anos atrás com a introdução da certificação de qualidade nas empresas. Se sempre se tinham produzido e vendido os produtos de determinada maneira, “porque carga d’água” é que agora se iria introduzir um mecanismo de controle de qualidade? Poucos anos depois a filosofia da certificação estava consolidada e já ninguém questionava o sistema. De uma maneira geral o ser humano é avesso à mudança, não resisto a transcrever uma historia que corre na internet:

Um grupo de psicólogos dispôs-se a fazer uma experiência com macacos.
Colocaram cinco macacos dentro de uma jaula. No meio da jaula, uma mesa. Acima da mesa, pendendo do teto, um cacho de bananas. Os macacos gostam de bananas. Viram a mesa. Perceberam que subindo alcançariam as bananas. Um dos macacos subiu para cima da mesa para apanhar uma banana. Mas os psicólogos estavam preparados para essa eventualidade: com uma mangueira deram-lhe um banho de água fria. O macaco que estava sobre a mesa, ensopado, desistiu provisoriamente do seu projecto.
Passados alguns minutos, voltou o desejo de comer bananas. Outro macaco resolveu comer bananas. Mas, ao subir outro banho de água fria. Depois de o banho se repetir quatro vezes, os macacos concluíram que havia uma relação causal entre subir para cima da mesa e o banho de água fria. Como o medo da água fria era maior que o desejo de comer bananas, resolveram que o macaco que tentasse subir levaria uma sova.
Quando um macaco subia para cima da mesa, antes do banho de água fria, os outros aplicavam-lhe a sova merecida. Então os psicólogos retiraram da jaula um macaco e colocaram no seu lugar um outro macaco que nada sabia dos banhos de água fria. Ele comportou-se como qualquer macaco. Foi subir para cima da mesa para comer as bananas. Mas, antes que o fizesse, os outros quatro aplicaram-lhe a sova prescrita. Sem nada entender e passada a dor da surra, voltou a querer comer a banana e subiu outra vez. Nova sova. Depois da quarta sova, ele concluiu: nesta jaula, quando um macaco sobe para cima da mesa apanha. Adoptou então a sabedoria cristalizada pelos políticos humanos que diz: se não podes derrotá-los, junta-te a eles.
Os psicólogos retiraram então um outro macaco e substituíram-no por outro. A mesma coisa aconteceu. Os três macacos originais mais o último macaco, que nada sabia da origem e função da surra, aplicaram-lhe a sova de praxe. Este último macaco também aprendeu que, naquela jaula, quem subia para cima da mesa apanhava.
E assim continuaram os psicólogos a substituir os macacos originais por macacos novos, até que na jaula só ficaram macacos que nada sabiam sobre o banho de água fria. Mas, apesar disso, eles continuavam a sovar os macacos que tentavam apanhar as bananas.
Isto prova a importância do hábito, da rotina.
Se perguntássemos aos macacos a razão das surras, eles responderiam: é assim porque é assim. Nesta jaula, o macaco que sobe para cima da mesa apanha... Tinham-se esquecido completamente das bananas e nada sabiam sobre os banhos. Só pensavam na mesa proibida.
Vamos "fazer de conta". Imaginemos que as escolas fossem as jaulas e que nós é que estávamos dentro delas... Por favor, não se ofendam, é só um “faz-de-conta” para ajudar o raciocínio.
O nosso desejo original é comer bananas. Mas já nos esquecemos delas. Há, nas escolas, uma infinidade de coisas e procedimentos cristalizados pela rotina. À semelhança dos macacos, aprendemos que é assim que são as escolas. E nem fazemos perguntas sobre o sentido daquelas coisas e dos procedimentos mais adequados para a educação das crianças. Vou dar alguns exemplos.

Primeiro, a arquitectura das escolas. Todas as escolas têm corredores e salas de aula. As salas servem para separar as crianças em grupos, segregando-as umas das outras. Porque é que é assim? Tem de ser assim? Haverá uma outra forma de organizar o espaço, que permita a interacção e cooperação entre crianças de idades diferentes, tal como acontece na vida? A escola não deveria imitar a vida?

Programas. Um programa é uma organização de saberes numa determinada sequência. Quem determinou que esses são os saberes e que eles devem ser aprendidos na ordem prescrita? Que uso fazem as crianças desses saberes na sua vida de cada dia? As crianças escolheriam esses saberes? Os programas servem igualmente para crianças que vivem nas praias do Algarve, nas zonas suburbanas da Amadora, nas aldeias da Serra da Estrela, ou de Trás-os-Montes?
Os programas são dados em unidades de tempo chamadas "aulas". As aulas têm horários definidos. No final de cada uma, toca-se uma campainha. A criança tem de parar de pensar o que estava a pensar e passar a pensar o que o programa diz que deve ser pensado naquela altura. O pensamento obedece às ordens das campainhas? Porque é que é necessário que todas as crianças pensem as mesmas coisas, na mesma hora, no mesmo ritmo? As crianças são todas iguais? O objectivo da escola é fazer com que as crianças sejam todas iguais?

A questão é fazer as perguntas fundamentais, e, para nossa própria sanidade mental, não nos conformarmos com o “status quo”, por que é que assim? Para que serve isso? Poderia ser de outra forma? Temo que, como os macacos, concentrados no cuidado com a mesa, acabemos por nos esquecer das bananas...

"Triste Época! Mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito" (Albert Einstein)

Esta história é bem elucidativa do que se passa na nossa sociedade. Não é só nas escolas que é difícil mudar, hábitos, maneiras de ser e de proceder, estamos inundados de instituições que se gerem por procedimentos cristalizados no tempo. Ainda á bem pouco tempo os livros selados da contabilidade tinham que ser escriturados à mão, e num tempo ainda não muito distante com letra francesa, desenhada… Imagine-se!
Há hábitos de décadas que não é fácil alterar. Nos tribunais, nas repartições de finanças e nos serviços públicos em geral. Esta situação contrasta vivamente com a actividade privada onde a alteração de métodos para melhorar a eficiência á incentivada.
Em Inglaterra, por exemplo, quando o governo de Tony Blair ganhou as eleições à Sra.Margeret Thatcher, instituiu, através do Ministério de Comercio e Industria, um sistema de melhoramento continuo (continuous improvement) que tinha como objectivo incentivar as empresas a descobrirem as melhores práticas para aumentar a eficiência e combater os desperdícios.
Uma grande parte das empresa aderiu à ideia e abriu-se ao exterior e, no seu próprio interesse e no interesse dos seus clientes, aceitaram sugestões e ideias para melhorar procedimentos. A filosofia subjacente era que as poupanças obtidas, fossem repartidas pelos promotores das ideias. O sistema, teve enorme sucesso.
Neste campo não estamos tão perto de Inglaterra como era desejável, mas temos que reconhecer que existe a consciência de que já não fazem sentido determinado numero de procedimentos. A sociedade mudou radicalmente de há vinte anos a esta parte (e mudará muito mais rapidamente daqui para a frente), e é fundamental que se alterem práticas que hoje já não fazem nenhum sentido.

Há ainda um longo caminho a percorrer no relacionamento entre a associação de pais da nossa escola e os professores e órgãos dirigentes. É fundamental que todos nós centremos o nosso interesse no que é essencial na escola que é A CRIANÇA. É obrigação de nós todos proporcionar-lhes as ferramentas com que irão enfrentar a vida, quer essas ferramentas sejam conhecimentos, quer sejam experiências, quer sejam formas de relacionamento e de socialização.
Por outro lado a nossa associação esteve inactiva durante uma série de anos e isto é um factor muito negativo, que irá levar algum tempo até que se reconheça a importância da nossa participação. Como referi, a associação de pais tem que fazer coisas, tem que estar activa, tem que promover projectos, tem que, ao fim e ao cabo “fazer falta”.

04- Estão satisfeitos com as vossas escolas? Porquê?

Para ser sincero, não. Aliás penso que se a resposta fosse afirmativa, seria um mau sintoma porque daria a impressão de que tudo estava já feito e que nada haveria a acrescentar e melhorar.
Estamos numa encruzilhada (a palavra mais forte seria trapalhada), onde as instituições que eram intocáveis deixaram de ter credibilidade, governos, tribunais, bancos, empresas, famílias, escolas, etc.etc..
A actual crise que começou por ser financeira e descambou (como seria de esperar) numa crise económica, acabou por pôr a nu uma série de questões que ninguém se atrevia a colocar mas que em boa verdade todos nós tínhamos formuladas. Como é possível enriquecer-se rapidamente sem nada produzir? Com é possível fazer dinheiro através da pura especulação? Compro hoje por 5 amanhã vendo por 10. Será que todos ganhavam? Quando rebentou o caso da Dna Branca, olhávamos sorrindo de soslaio, acusando de ingénuos os que tinham caído no esquema. Hoje já ninguém se ri porque não é a “banqueira do povo” que está na ribalta são os Madof, e outros que tais que se aproveitaram na ingenuidade de muitos para enriquecerem em proveito próprio.
São estes exemplos que damos aos nossos filhos. Qual o papel das famílias e qual o papel das escolas na tarefa de recentrar a atenção das crianças nos valores fundamentais da nossa civilização?
Tarefa ciclópica, pois claro! Contudo imprescindível porque decisiva na educação formação dos que amanhã irão ter em suas mãos o nosso destino. E isto não é coisa pouca, são eles que irão decidir se nos hão-de pagar ou não as reformas a que temos direito. Meus amigos se não for inculcado o valor solidariedade nas nossas escolas e nas nossas casas, temo que algum governante futuro decrete que os velhos são um fardo e não merecem ser protegidos.
É crua a afirmação mas são estes valores, entre muitos outros, que devem ser ensinados. O trabalho, a superação, o respeito pelos demais, a tolerância para discutir novas ideias.
Se estivéssemos contentes com a escola, estas preocupações não fariam sentido.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

COMUNIDADE EDUCATIVA E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA

Texto da conferência no Âmbito do Congresso para a Cidadania realizado no auditório do Teatro Failense na Cidade da Horta nos Açores em 29 de Janeiro de 2005
Conferencista: Manuel Barbosa
Moderador: Jorge Lima


1. A COMUNIDADE EDUCATIVA: UMA ENTIDADE DE GEOMETRIA VARIÁVEL

1.1 Sobre a ideia de Comunidade: da tentativa de recuperação aos esforços de significação

i. A progressiva dissolução de laços comunitários e a consequente atomização dos grupos humanos (dando origem a sociedades cada vez mais individualizadas) tem suscitado um interesse renovado pela ideia de comunidade. Hoje fala-se em recuperar o espírito de Comunidade (“entendimento partilhado por todos os seus membros”, na definição de Ferdinand Tönnies) ou, sem nostalgias, em investir a comunidade com significados mais adaptados ao nosso tempo e às novas exigências.

ii. Costuma definir-se “Comunidade” por oposição a “sociedade”. Uma e outra representam associações, mas de diferente natureza. Enquanto a “sociedade” genericamente considerada, remete para uma associação de indivíduos em torno de projectos e interesses comuns, já a “Comunidade” fala-nos de uma associação ou de um agrupamento humano, constituído em redor dos mesmos valores, das mesmas crenças, das mesmas razões de viver e do mesmo estilo de vida (por exemplo, a democracia).

iii. A partir desta noção de Comunidade, e tendo como pano de fundo a democracia como estilo de vida, investe-se a Comunidade com este sentido: hoje “Comunidade” deve ser entendida como “movimento activo de se reconhecer em associações com o fim de actuar juntos na esfera pública”. Comunidade é laço social que se tece para defender bens e valores no espaço público das democracias pluralistas.

1.2. A Comunidade Educativa: Os seus Elementos, as suas Fronteiras, o seu território

i. A Comunidade educativa é uma figura legal de geometria variável. É de âmbito local mas não se lhe conhecem, à priori, com rigor os elementos que a compõem e bem assim as fronteiras e respectivos território. Não confundir “Comunidade Educativa” com “Comunidade Escolar”. Não se sobrepõem, embora uma faça parte da outra.

ii. O que é então a “Comunidade Educativa”? Não se resumindo à “Comunidade Escolar” mas não podendo passar a seu lado (já que a “Comunidade Escolar” é uma das suas peças chave), a “Comunidade Educativa” é um agrupamento de pessoas e instituições (professores, alunos, pais e encarregados de educação, funcionários não docentes das escolas, serviços da administração central e regional com intervenção na área da educação, autarquias locais, associações culturais e recreativas e outras organizações cívicas – para além das entidades ligadas a actividades de carácter científico, ambiental e económico de uma determinada área geográfica) que se associam para realizar um projecto de educação, com os seus valores e com as suas finalidades. Idealmente dever ser assim mas, e na prática? Quando falamos de “Comunidade Educativa” não estaremos muitas vezes a nomear uma entidade virtual que apenas existe no universo dos ideais? No campo dos possíveis?

iii. Diga-se o que se disser, é um facto que precisamos de “fazer” comunidade para educar as nossas crianças e os nossos jovens (e já agora os adultos). Quanto mais ampla e mais articulada em torno das mesmas metas, tanto melhor será a “Comunidade Educativa”

1.3 Apostas e projectos da Comunidade Educativa: o que se afigura pertinente e necessário.i. A Comunidade educativa, para ser “Comunidade” e para ser Educativa”, precisa de estar agregada em torno de várias metas. Ou seja, precisa de estar reunida para desenvolver propósitos educativos. Mas que propósitos? Perguntar-se-á com curiosidade nesta época em que se somam os problemas da sociedade! Educar para a sociedade da informação, da comunicação e do conhecimento? Para as novas exigências do sistema produtivo? Para o consumo responsável? Para a autonomia e para a participação nas estruturas da sociedade democrática? Para o respeito da alteridade e da diferença? Para o respeito de si mesmo? E se tudo isto significasse que se deve educar para a cidadania e a responsabilidade social? Será este o projecto mais urgente da Comunidade Educativa? Tudo leva a pensar que sim. Quem o sublinha são os próprios responsáveis da Unesco quando consideram que devem prosseguir os esforços de reconstrução da educação “como projecto cidadão de formação cívica” e que a escola – verdadeira placa giratória da Comunidade Educativa – deve ser uma “propedêutica para a vida cívica, para a vida cultural, para a vida social e para a vida familiar” .

2. EDUCAR A CIDADANIA ACTIVA: UMA TAREFA DA COMUNIDADE EDUCATIVA

2.1Educação, democracia e cidadania

i. A Educação integra um projecto que se reformula em função das necessidades e das circunstâncias. Hoje, porque faz falta revitalizar a democracia como forma de governo e estilo de vida (já que tem sido debilitada pelo alheamento dos cidadãos da gestão e administração dos assuntos públicos), o projecto da educação (assumido pela comunidade educativa) passa por uma focalização na “aprendizagem da cidadania activa e criativa” ( a distinguir da cidadania do comodismo e do conformismo, do queixume e da culpabilização dos supostos responsáveis pela gestão integral dos assuntos da nação.

ii. A hora é de capacitar para o exercício da cidadania activa, crítica e responsável, pois não há democracia sem ela. A democracia não pode funcionar sem cidadãos, isto é, um tipo de humanidade que não nasce por geração espontânea. Isto é tanto mais importante quanto se verifica, com alguma preocupação, a defesa exacerbada dos direitos individuais e o desinteresse pela vida colectiva, ignorando que há deveres e responsabilidades a cumprir na esfera da vida pública. Que o “interesse público” não se reduza à curiosidade pelas vidas privadas das figuras públicas e que a arte da vida pública não seja a mera exibição pública de assuntos privados. Vivemos entusiasmados e por vezes alheados da autêntica vida pública (que é debate, discussão e negociação de propostas e projectos de melhoramento da sociedade). A democracia não é apenas defesa dos direitos e prerrogativas individuais. É também auto-organização colectiva, envolvimento de todos na gestão e na administração do que é comum. Só este poder colectivo pode salvaguardar os tão preciosos direitos individuais.

iii. A Cidadania activa e comprometida não é uma exclusividade da classe política. É um dever de todos (por mais que isso desagrade a uma certa classe política). É para ser levada a sério pela Comunidade Educativa, por todos os seus membros (pais, professores, alunos, pessoal não docente das escolas, representantes das actividades de carácter cultural, artístico, científico, ambiental e económico da respectiva área com relevo para o projecto educativo da escola), tanto mais quanto é necessário aprendê-la como se fosso um verdadeiro ofício.

iv. O ofício da Cidadania activa não se improvisa. Requer um processo de aprendizagem baseado na aquisição de certas competências.

2.2 Aprendizagem da Cidadania: Uma questão de competências

i. A Cidadania activa, para ser uma realidade efectiva ( e não mero voto piedoso, ou declaração de pura retórica) precisa de se escorar em certas competências: antes de mais em “competências cognitivas” (ligadas a conhecimentos de ordem jurídica e política, como as regras de funcionamento da sociedade democrática, os direitos do cidadão, as suas obrigações, ou ainda articuladas com as capacidades de argumentação e reflexão autónomas). Depois em “competências éticas” (uma vez que a cidadania, mais do que a posse ou a aquisição de um estatuto jurídico legal, é sobretudo uma prática de compromisso moral, devendo implicar por esse facto a capacidade de deliberar em função de certos valores e princípios éticos, como é o caso da liberdade, da tolerância, da igualdade e da solidariedade). Por fim, as “competências sociais”, já que é importante estar habilitado para participar activamente nas esferas da vida pública, desenhando e implementando projectos colectivos, resolvendo conflitos à luz do direito democrático, dialogando e cooperando, tomando decisões e assumindo responsabilidades.

ii. Por aqui se vê que a aprendizagem da cidadania é exigente de mais para caber nas atribuições de um só agente. Também aqui e aplica o ditado anglolsaxónico: “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança”.

iii. Mude-se a “aldeia” por “comunidade” e começaremos a perceber o quanto é importante contar com ela na educação da cidadania activa.

2.3 Papel da Comunidade Educativa

i.O que se pede à Comunidade Educativa é que reuna sinergias e vontades para levar a cabo esse desiderato (“educar a cidadania activa”) sem contradições e “descontinuidades normativas”, quer dizer, em sintonia e parceria.

ii. Pede-se sobretudo que transforme a escola em “esfera pública democrática” onde se realize uma experiência de cidadania activa, não obstante as limitações que esse espaço comporta. Sim, porque hoje em dia o que importa é “banhar” as crianças e jovens num ambiente de cidadania activa, e não propriamente pregar uma moral cívica e inculcar um código de conduta.

iii. Se há razões acrescidas para a revitalização das Comunidades Educativas, elas encontram-se na implicação de todos os seus agentes na construção desse tipo de escola – a começar na sala de aula e a acabar no recreio, passando por todos os orgãos de gestão democrática dessa instituição (Assembleia, Conselho Executivo, Conselho Pedagógico e Conselho Administrativo)

iv. O sentido da participação democrática na escola fica assim redefinido e delimitado. A partir de agora “tomar parte” na vida da escola quer dizer, “participar”, é envolver-se e implicar-se num projecto de cidadania, em que os principais destinatários são as crianças e os jovens das nossas comunidades. Esta é uma meta que apela à nossa responsabilidade cívica enquanto membros da comunidade educativa de uma sociedade democrática. Não esqueçamos que a “participação” (no sistema educativo, nas estruturas da sociedade...) sendo um direito de todos (consagrado na Constituição), é também um dever de cada um. Ninguém deve renunciar à participação, pois a condição de cidadão a isso obriga.

3. A PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA: OBSTÁCULOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

3.1 Dificuldades e obstáculos

i. A participação democrática nas escolas é necessária para o desiderato da cidadania, mas nem sempre é fácil exercê-la. Há dificuldades e obstáculos que todos conhecem e que é preciso lembrar, quanto mais não seja para os contornar e vencer. Vejamos uma lista que não pretende ser exaustiva:
a. Falta de informação (há membros da comunidade educativa que desconhecem os seus direitos de participação nas estruturas da Escola (Assembleia, Conselho Pedagógico, Conselho Disciplinar) e que ignoram as funções dos vários orgãos;
b. Aversão à participação (é mais cómodo serem os outros a decidir, e isto tanto do lado dos professores como do lado dos alunos e dos pais, para já não falar de outros sectores da comunidade educativa);
c. O cepticismo e o sentimento de impotência (isto consiste em não acreditar nas potencialidades da participação para melhorar as coisas);
d. A obsessão pela eficácia (discutir, dialogar, negociar e consensualizar é perder tempo);
e. Preconceitos, resistências e desconfianças entre os membros da comunidade educativa (entre alunos e professores, entre professores e pais...e por aí fora);
f. Subversão das estruturas de participação (confisca-se a participação de certos actores decidindo antes das reuniões. O que se faz a seguir é gerir o consentimento a decisões pré-tomadas);
g. Horários pouco compatíveis (são muitas vezes marcados em função dos interesses de certos membros da comunidade educativa);
h. Falta de informação atempada sobre os temas que se vão discutir;
i. Concepção burocrática e formalista da participação (participa-se para umas primeiras formalidades);

ii. O panorama parece pouco animador. Será que não se pode fazer nada? Estaremos condenados a uma participação democrática exangue, sem vida e sem substância?

3.2 Desafios e perspectivas:

i. Os obstáculos referenciados, longe de nos tolherem os movimentos, são um acicate a vencê-los e a contorná-los. São reptos ou desafios que, uma vez ultrapassados, nos abrem para outras perspectivas.
ii. Que precisamos fazer?
Primeiro: recolocar a cidadania activa na agenda da Escola, tanto ao nível dos orgãos de governo e de controlo da instituição.
Segundo: Aproveitar a participação democrática para melhorar a qualidade do serviço educativo prestado pela escola. Não esquecer que a participação democrática dispõe de potencialidades nesse sentido. (É mais fácil melhorar o ensino- aprendizagem se houver diálogo e colaboração entre pais e professores, no respeito e na consideração dos estatutos e dos papéis de uns e outros).
Terceiro: Apostar na aprendizagem da participação e da cultura democrática como meio de dar sustentabilidade ao desenvolvimento das comunidades locais, inseridas no raio de influência da Escola e que nela estão implicadas. (Está a formar-se um consenso quanto à importância da participação democrática na promoção do desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida).
iii. Será isto utópico? Não, se acreditarmos que o importante é caminhar em frente e não recuar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mais 2 videos importantes para a educação dos nossos filhos

Caros leitores e leitoras
O vídeo é longo e talvez um pouco cansativo pelas legendas, mas vale a pena ver até ao fim.
Diria mesmo OBRIGATÓRIO sobretudo para quem tem ou tenciona ter filhos.
Para ver e reflectir

http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en>
http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en>

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Criatividade e Educação

MUITO BOM, A NÃO PERDER.
Ken Robinson um excelente pedagogo que vem na senda das inteligências multiplas de Howard Gardner.
De facto a diferença no sistema de ensino sempre foi vista como um problema quando, ao invés, deveria ser considerada como uma mais valia.
Talvez uma escola menos competitiva, menos académica e mais centrada no ensino profissional e vocacional... talvez uma escola que não descure a carpintaria, os lavores, a dança, a cozinha, a música, o desporto, o teatro, entre outros saberes... talvez... talvez seja a resposta à diversidade humana.
Vejam os dois links pois vale a pena.

parte 1 de 2 http://www.youtube.com/watch?v=yFi1mKnvs2w
parte 2 de 2 http://www.youtube.com/watch?v=0pn_oTIwy4g

quinta-feira, 23 de abril de 2009

5 Lições sobre como tratar as pessoas

1 - Primeira lição importante - Senhora da limpeza

Durante o meu segundo ano no ensino superior, o nosso professor deu-nos um teste.
Eu era um aluno consciente e respondi rapidamente a todas as questões até ler a última:
"Qual é o nome da mulher que faz a limpeza na escola?"
Isto só podia ser uma brincadeira. Eu tinha visto a mulher da limpeza inúmeras vezes.
Ela era alta, cabelo escuro, à volta dos 50 anos, mas como poderia eu saber o nome dela?
Entreguei o meu teste, deixando em branco a última questão. Mesmo antes da aula terminar, um dos estudantes perguntou se a última questão contava para nota.
"Absolutamente," respondeu o professor. "Nas vossas carreiras irão encontrar muitas pessoas. Todas são importantes. Elas merecem a vossa atenção e cuidado, mesmo que tudo o que vocês façam seja sorrir e dizer 'olá'."
Nunca esquecerei aquela lição. Também aprendi que o nome da senhora era Dorothy.



2. - Segunda lição importante - Boleia na chuva

Uma noite, pelas 11:30 p.m., uma mulher de origem Africana, estava apeada numa auto-estrada do Alabama, a tentar aguentar uma valente chuva torrencial. O carro dela tinha avariado e ela precisava desesperadamente de uma boleia.
Completamente encharcada, ela decidiu fazer stop ao carro que se aproximava. Um jovem, branco, decidiu ajudá-la, apesar de isto ser uma atitude corajosa naqueles dias de racismo (década de 60). O homem levou-a até um lugar seguro, ajudou-a a resolver a sua situação e arranjou-lhe um táxi.
Ela parecia estar com muita pressa, mas mesmo assim tomou nota da morada do jovem e agradeceu-lhe.
Uma semana mais tarde batiam à porta do jovem. Para sua surpresa, uma televisão de ecrã panorâmico era-lhe entregue à porta. Um cartão de agradecimento acompanhava a televisão.
Dizia:
"Muito obrigado por me ajudar na auto-estrada na outra noite. A chuva não só encharcou a minha roupa, como o meu espírito. Foi então que você apareceu. Por causa de si consegui chegar ao meu marido antes de ele falecer. Que Deus o abençoe por me ter ajudado e ter servido outros de maneira tão altruísta.
Com sinceridade, Mrs. Nat King Cole."


3 - Terceira lição importante - Lembra-te sempre daqueles que servem

Nos dias em que um gelado custava muito menos do que hoje, um rapazinho de 10 anos entrou no café de um hotel e sentou-se a uma mesa. Uma empregada de mesa trouxe-lhe um copo de água.
"Quanto custa um gelado de taça?" perguntou o rapazinho.
"Cinquenta cêntimos," respondeu a empregada.
O rapazinho tirou do bolso uma mão cheia de moedas e contou-as.
"Bem, quanto custa um gelado simples?" perguntou ele.
A esta altura já mais pessoas estavam à espera de uma mesa e a empregada começava a ficar impaciente.
"Trinta e cinco cêntimos," respondeu ela com brusquidão.
O rapazinho contou novamente as suas moedas.
"Vou querer o gelado simples." Respondeu ele.
A empregada trouxe o gelado, colocou a conta encima da mesa, recebeu o dinheiro do rapazinho e afastou-se.
O rapazinho terminou o seu gelado e foi-se embora.
Quando a empregada foi levantar a mesa começou a chorar. Em cima da mesa, colocado delicadamente ao lado da conta, estavam 3 moedas de cinco cêntimos...

Não sei se está a ver, ele não podia comer o gelado cremoso porque queria ter dinheiro suficiente para deixar uma gorjeta à empregada.

4 - Quarta lição importante - O obstáculo no nosso caminho

Em tempos antigos, um rei mandou colocar um enorme pedregulho num caminho.
Depois escondeu-se e ficou a ver se alguém retirava a enorme pedra. Alguns dos comerciantes mais ricos do Rei passaram e simplesmente afastaram se da pedra, contornando-a. Alguns culpavam em alta voz o Rei por não manter os caminhos limpos. Mas nenhum fez nada para afastar a pedra do caminho.
Apareceu então um camponês, carregando um molho de vegetais. Ao aproximar-se do pedregulho, o camponês colocou o seu fardo no solo e tentou deslocar a pedra para a berma do caminho. Depois de muito empurrar, finalmente conseguiu. O camponês voltou a colocar os vegetais ás costas e só depois reparou num porta-moedas no sitio onde antes estivera a enorme pedra.
O porta-moedas continha muitas moedas de ouro e uma nota a explicar que o ouro era para aquele que retirasse a pedra do caminho. O camponês aprendeu aquilo que muitos de nós nunca compreendem!
Cada obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa situação.

5 - Quinta lição importante - Dar quando conta

À muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário num hospital, conheci uma pequena menina chamada Liz, que sofria de uma doença rara e muito grave.
A sua única hipótese de se salvar parecia ser uma transfusão de sangue do irmão mais novo, de cinco anos, que já tinha tido o mesmo problema e sobrevivido milagrosamente, desenvolvendo anticorpos necessários para a combater.
O médico explicou-lhe a situação da irmã e perguntou-lhe se ele estaria disponível para dar o seu sangue à sua irmã.
Eu vi-o a hesitar por uns instantes, antes de respirar fundo e dizer "sim, eu faço-o se isso a salvar."
À medida que a transfusão ía correndo, ele mantinha-se deitado ao lado da sua irmã, sorrindo. Todos nós sorríamos, vendo a cor a regressar à face da menina. Foi então que o menino começou a ficar pálido e o seu sorriso a desaparecer.
Ele olhou para o médico e perguntou-lhe, com a voz a tremer, "Será que eu começo a morrer já?".
Sendo muito jovem, o menino não compreendeu o médico; ele pensou que teria que dar todo o seu sangue à irmã para a poder salvar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Agenda Parental para a Educação - CONFAP

O conselho executivo da CONFAP e as federações concelhias e regionais de associações de pais, em representação de associações de pais de todo o país, na reunião do Conselho Geral da CONFAP, realizado em Lisboa, em 18 de Abril de 2009, aprovaram por unanimidade os documentos da ordem de trabalhos para serem apresentados aos parceiros da comunidade educativa e ao Governo, na qual se inclui a Agenda Parental 2009_2013, que reúne uma ampla proposta aos partidos políticos concorrentes às próximas eleições legislativas, e da qual se destacam, entre outras, as seguintes propostas:

- Exigência de implementação dos planos de segurança nas escolas e realização dos respectivos exercícios de simulacros, nomeadamente, de prevenção de sismos, envolvendo todos os parceiros do município previstos na legislação aplicável.

- Apoio de animadores e mediadores nos intervalos dos horários escolares, com o propósito de prevenir e diminuir os fenómenos de violência e bullying, fomentando um convívio saudável entre os alunos, sobretudo em escolas problemáticas;

- Plano de manutenção/reparação para as escolas do 2º e 3º ciclos, em complemento da reformulação da rede do 1º ciclo e do ensino secundário;

- Adaptação dos espaços escolares para alunos com necessidades especiais - efectiva implementação da lei das acessibilidades;

- Revisão das condições de climatização e de conforto das escolas, recorrendo, designadamente, às energias alternativas renováveis.

- Gratuitidade da Componente de Apoio à Família (CAF) e criação das condições para a organização da CAF por parte das AP's, beneficiando dos mesmos apoios que as instituições da rede social e cooperativa;

- Alargamento do horário de funcionamento dos equipamentos escolares do 1.º ciclo, em parceria com os municípios, no sentido de permitir a organização da CAF nas pontas dos horários e interrupções lectivas;

- Colocação, de forma efectiva, de equipas de psicólogos e outros quadros de intervenção social, nos agrupamentos, para lidar com os novos problemas de carácter social dos alunos e suas famílias. Equipas multidisciplinares de intervenção directa no terreno – Gabinete de Apoio ao Aluno e Família;

- Fim dos valores absurdos e dispares nas matrículas nas escolas do ensino secundário;

- Manuais e material escolar básico gratuitos na escolaridade obrigatória;

- As visitas de estudo são realizadas sem critérios de equidade social, fazendo recair o ónus da despesa inteiramente nos pais, sem ter em conta os alunos que beneficiam do SASE e não são contempladas nos orçamentos da escola. Estes factos apenas ampliam e replicam as desigualdades sociais que a escola deveria eliminar provendo a equidade na educação. Acresce que muitas escolas recusam passar recibo pelas importâncias dispendidas pelos pais relativamente às visitas de estudo, impossibilitando estes de descontarem estas importâncias como despesas de educação. As visitas de estudo, parte integrante do Plano Anual da escola e perseguindo o objecto do Projecto Educativo, devem ter carácter obrigatório e gratuito.

- Diferenciação dos processos de ensino adaptados aos alunos, quer em dificuldades de aprendizagem quer em sobre capacitados, ou seja, mecanismos de diferenciação positiva em detrimento do ensino para o tipo aluno “médio”.

- Apoio educativo regular de professores especializados, como complemento do trabalho do professor, quer em áreas de dificuldades ou problemáticas, quer como estímulo de capacidades acima da média, como forma de se estimular o sucesso educativo.

- Reforma dos currículos nacionais do 1º, 2º, 3º ciclos e secundário; reformular os CEF’s.

- Repensar a organização das AEC's, nomeadamente incluir o ensino do Inglês, da Música no currículo e redefinir a educação física. Neste contexto, propõe-se o fim da mono-docência no 1º Ciclo e a introdução da docência coadjuvada.

- Urge o apoio ao associativismo através de medidas efectivas, designadamente, o Estatuto de Utilidade pública deve abranger todas as AP's e não apenas as que organizam serviços; alterar o injusto Regime Fiscal que rege as das AP's (início de actividade e obrigações fiscais, isenção de emolumentos); alterar a Lei do Voluntariado e reconhecer do papel dos dirigentes associativos voluntários junto das suas entidades patronais, no sentido de facilitar a sua intervenção quando necessário, respeitando de parte a parte os mecanismos legais ou outros celebrados.

- Maior envolvimento das AP's nos projectos de educação para a saúde nas escolas, designadamente, estimular a intervenção dos pais no Plano Nacional de Saúde Escolar (praticamente inexistente), nomeadamente nas áreas de promoção de estilos de vida saudáveis, prevenção da violência e bullying, educação para a cidadania, educação para os afectos e sexualidade, desde o início da vida escolar.

- No Estatuto do Aluno é absolutamente necessário o reforço do papel das AP's, assim como, uma definição clara do papel dos pais representantes de turma. Impõe-se melhorar o Estatuto do Aluno no que concerne ao regime de faltas (clarificação), Conselhos Disciplinares e participação das AP's.

- Na gestão escolar, a obrigatoriedade da representação dos pais de todos os níveis de ensino das escolas no Conselho Geral e no Conselho Pedagógico.

- Envolvimento dos alunos, de todos os graus de ensino, na participação democrática da vida dos estabelecimentos de ensino, através de mecanismos adequados e formação para a participação; valorização do papel do delegado dos alunos.

- Subordinação das políticas de educação ao superior interesse das crianças, instituindo o provedor da criança ou o provedor do aluno em articulação com as CPCJ.

- Criar o Observatório para a avaliação e acompanhamentos das políticas educativas, nomeadamente para o acompanhamento da educação especial e apoios sócioeducativos.

- Promover as necessárias alterações na Lei de Bases do Sistema Educativo, a efectuar de forma amplamente consensual de forças políticas, económicas, organizações de pais, professores, entre outras.

- Articulação das políticas de saúde com as da educação.

- Oferta educativa de substituição para os alunos incapacitados de praticar educação física, de forma temporária ou permanente. Existem casos de obrigatoriedade de assistir às aulas que são degradantes para estes alunos e dos quais não se vislumbram nenhum interesse pedagógico ou científico.

- Garantir a representação dos pais nos órgãos das escolas do ensino privado com contrato de associação;

- Integração da 1ª Infância no sistema educativo.

A importância de saber chegar a casa

Mário Cordeiro, pediatra, disse na semana passada numa conferência organizada pelo Departamento de Assuntos Sociais e Culturais da Câmara Municipal de Oeiras, que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durante dez minutos.
Ao fim do dia os filhos têm tantas saudades dos pais e têm uma expectativa tão grande em relação ao momento da sua chegada a casa que bastava chegar, largar a pasta e o telemóvel e ficar exclusivamente disponível para eles, para os saciar.
Passados dez minutos eles próprios deixa os pais naturalmente e voltam para as suas brincadeiras.
Estes dez minutos de atenção exclusiva servem para os tranquilizar, para eles sentirem que os pais também morrem de saudades deles e que são uma prioridade absoluta na sua vida.
Claro que os dez minutos podem ser estendidos ou até encurtados conforme as circunstâncias do momento ou de cada dia.
A ideia é que haja um tempo suficiente e de grande qualidade para estar com os filhos e dedicar-lhes toda a atenção.
Por incrível que pareça, esta atitude de largar tudo e desligar o telemóvel tem efeitos imediatos e facilmente verificáveis no dia-a-dia.
Todos os pais sabem por experiência própria que o cansaço do fim de dia, os nervos e stress acumulados e ainda a falta de atenção ou disponibilidade para estar com os filhos, dão origem a uma espiral negativa de sentimentos, impaciências e birras.
Por outras palavras, uma criança que espera pelos pais o dia inteiro e, quando os vê chegar, não os sente disponíveis para ela, acaba fatalmente por chamar a sua atenção da pior forma.
Por tudo isto e pelo que fica dito no início sobre a importância fundamental que os pais-homem têm no desenvolvimento dos seus filhos, é bom não perder de vista os timings e perceber que está nas nossas mãos fazer o tempo correr a nosso favor.
in Boletim de Julho da Acreditar

JORNAL MAR ALTO

ATENÇÃO PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO, NÃO DEIXEM DE COMPRAR AS EDIÇÕES DO JORNAL DA ESCOLA "MAR ALTO".
SAI TRIMESTRALMENTE E É FEITO POR UMA EMPENHADA EQUIPA DO CLUBE DE JORNALISMO DA ESCOLA D. LUIS DE ATAÍDE

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

OS CONSELHOS DE BILL GATES

Bill Gates o "dono" da Microsoft, um dos homens mais ricos do mundo, deu uma palestra numa escola secundária dos Estados Unidos. Toda a gentes estava à espera que falsse durante horas sobre a sua vida e sobre as experiências por que passou mas falou somente durante cinco minutos e foi aplaudido mais de dez minutos.
Começou por dizer que a "política educativa de ‘vida fácil’ para as crianças" tem criado uma geração que não sabe o que é a realidade, e que esta atitude tem feito com que as pessoas falhem na vida, depois de sairem da escola (lá como cá).
Depois enunciou as seguintes regras

Regra nº 1
A vida não é fácil. Acostuma-te a isso.
Regra nº 2
O mundo não se preocupa com a tua auto-estima. O mundo espera que faças alguma
coisa útil por ele, ANTES de te sentires bem contigo próprio.
Regra nº 3
Não vais ganhar € 6.000 por mês, mal saias da escola. Não vais ser vice-presidente de uma empresa, com carro e telefone ao teu dispor, sem antes teres conseguido comprar os teus próprios carro e telefone.
Regra nº 4
Se achas que o teu professor é exigente e rude, espera até teres um Chefe. Este, não
terá pena de ti !...
Regra nº 5
Vender jornais velhos ou trabalhar durante as férias, não te diminui socialmente. Os teus avós, têm outra palavra para isso: chamam-lhe oportunidades...
Regra nº 6
Se fracassares, não é por culpa dos teus pais. Por isso, não lamentes os teus erros, mas sim aprende com eles.
Regra nº 7
Antes de nasceres, os teus pais não eram tão críticos como o são hoje.Só ficaram assim por terem de pagar as tuas contas, lavar as tuas roupas e ainda por cima, ouvir-te dizer que são “ridículos". Por isso, antes de “salvares o planeta” para a próxima geração, ao quereres corrigir os os erros da geração dos teus pais, tenta é limpar o teu próprio quarto!...
Regra nº 8
A tua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Nalgumas escolas, já nem repetes o ano e dão-te todas as oportunidades que forem precisas para acertares. Bom, isto não se parece em NADA com a vida real.. Nela, se pisares o risco, estás despedido. RUA !!! Por isso, faz tudo como deve ser logo à primeira.
Regra nº 9
A vida não se divide em semestres. Não terás sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empregados te ajudem a fazer as tuas tarefas no fim de cada período.
Regra nº 10
A televisão NÃO É a vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar de ir ao bar ou à discoteca, e irem trabalhar.
Regra nº 11
Sê simpático com aqueles estudantes que os outros julgam que são uns patetas. Há uma grande probabilidade de vires a trabalhar PARA um deles...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pensamentos

Diz-me, e eu esquecerei; ensina-me e eu lembrar-me-ei; envolve-me, e eu aprenderei.
(Autor desconhecido)

É mais fácil construir um menino do que consertar um homem.(Charles Chick Govin)

O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre.(Aristóteles)

Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a acção; semeia a acção e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o carácter.(Tihamer Toth)

Ensinar não é uma função vital, porque não tem o fim em si mesma; a função vital é aprender.(Aristóteles)

O objectivo da educação é a virtude e o desejo de converter-se num bom cidadão.(Platão)

Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. - É a única.(Albert Schweitzer)

Para falar ao vento bastam quatro palavras; para falar ao coração são necessárias obras.(Padre António Vieira)

Se os teus projectos forem para um ano, semeia o grão. Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem para cem anos, educa o povo.(Provérbio chinês)

As crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas.(Joubert)

Guie uma criança pelo caminho que deve seguir e guie-se por ela de vez em quando.(J. Bilings)

Podemos converter alguém pelo que somos, nunca pelo que dizemos.(H. Rohden)

Como melhoram as pessoas depois de passarmos a gostar delas!...(Grayon)

Veja tudo, deixe passar muita coisa, corrija um pouco.(João XXIII)

Quando damos a uma criança tudo o que ela quer, damos-lhe também o aborrecimento.(Frank Clark)

Usa a linguagem que quiseres; nunca poderás dizer senão o que és.(Emerson)

A única disciplina que reconheço é a do coração que domina.(Saint-Exupéry)

Corrigir, ajuda; encorajar, ajuda ainda mais.(Goethe)

É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do belo e do moralmente bom.(Albert Einstein)

Quando os animais que metes num estábulo morrem uns atrás dos outros, não te debruces sobre eles à procura da cura do mal. Debruça-te sobre o estábulo e queima-o.(Saint-Exupéry)

O homem nada pode aprender senão em virtude daquilo que sabe.(Aristóteles)

É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.(Epíteto)

Se deres um peixe a um homem, ele alimentar-se-á uma vez; se o ensinares a pescar, alimentar-se-á durante toda a vida.(Kuan-Tsu)

Não se sabe bem seja o que for senão muito tempo depois de ter aprendido.(Autor desconhecido)

Procuremos acender uma vela em vez de amaldiçoar a escuridão.(Provérbio chinês)

Educai as crianças e não será preciso castigar os homens.(Pitágoras)

Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.(Padre António Vieira)

A educação é aquilo que permanece depois de esquecermos tudo o que nos foi ensinado.(Halifax)

O talento é feito na solidão; o carácter, nos embates do mundo.(Goethe)

Nada perturba tanto a vida humana como a ignorância do bem e do mal.(Cícero)

Antigamente tinha seis teorias sobre o modo de educar as crianças. Agora tenho seis filhos e nenhuma teoria.(Lord Rochester)

O futuro de um filho é sempre obra da sua mãe.(Napoleão Bonapart)

Quem não castiga o mal ordena que ele se faça.(Leonardo da Vinci)

A educação pelo medo deforma a alma. (Coelho Neto)

Primeiro, eu vos ensino os fundamentos. Depois, sereis mais sábio do que eu. (Autor desconhecido)

Sendo superior, nunca repreendas ninguém com ira, mas só depois de ela passar. Assim, a repreensão será mais proveitosa. (Santa Teresa do Menino Jesus)

Quem embala um berço governa o mundo.(Autor desconhecido)

É lento ensinar por teorias, mas breve e eficaz fazê-lo pelo exemplo.(Séneca)

Nada é mais perigoso que um bom conselho acompanhado de um mau exemplo. (Autor desconhecido)

Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela. (D. Elhers)

Veja as qualidades e elogie; os defeitos logo desaparecerão.(Autor desconhecido)

O homem que a dor não educou será sempre uma criança. (N. Tommaseo)

A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas. (Horácio)

Cada lágrima nos ensina uma verdade. (Ugo Fóscolo)

Não podes ensinar nada a um homem; podes apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo. (Galileu Galilei)

Pensa como pensam os sábios, mas fala como falam as pessoas simples.(Aristóteles)

Não se ganha uma corrida na primeira curva, mas pode-se perdê-la lá.(Juan Manuel Fangio, piloto argentino de Fórmula 1)

Pode-se ser cruel ao perdoar e misericordioso ao castigar.(Santo Agostinho)

Um professor influi para a eternidade; nunca se pode dizer até onde vai a sua influência. (Henry B. Adams)

"Quero ser como um televisor!" - VALE A PENA REFLECTIR

Uma professora do ensino básico pediu aos alunos que fizessem uma redacção sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles.
Ao fim da tarde, quando corrigia as redacções, leu uma que a deixou muito emocionada.
O marido, que, nesse momento, acabava de entrar, viu-a a chorar e perguntou:
- O que é que aconteceu?
Ela respondeu:
- Lê isto. Era a redacção de um aluno.
Senhor, esta noite peço-te algo especial: " transforma-me num televisor".
Quero ocupar o lugar dele.
Viver como vive a TV da minha casa.
Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à volta...
Ser levado a sério quando falo...
Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas.
Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.
E ter acompanhia do meu pai quando ele chega a casa, mesmo quando está cansado.
E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar.
E ainda, que os meus irmãos lutem e batam para estar comigo.
Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.
E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos.
Senhor, não te peço muito...
Só quero viver o que vive qualquer televisor.
Naquele momento,o marido de Ana Maria disse:
- 'Meu Deus, coitado desse miúdo! Quepais'! E ela olhou-o e respondeu:
- 'Essa redacção é do nosso filho'

sábado, 17 de janeiro de 2009

Conselhos para pais e educadores sobre bullying

O que é o bullying?
Na minha turma gozam comigo todos os dias e ninguém brinca comigo!"
"Tiram as minhas coisas e maltratam-me fisicamente"
"Chamam-me nomes "
"Perseguem-me nos intervalos e nos corredores"
"Sinto-me sozinho na escola,não quero ir às aulas e não gosto da escola!
"O que hei-de fazer?"
Se isto já te aconteceu ou está a acontecer, não penses que és o único!
Cerca de 50% dos alunos de escolas portuguesas já se viu envolvido ou sentiu este tipo de ameaça. É um tipo de violência que vem mascarada de “brincadeira” e tem o nome de bullying, mas que é tudo menos inofensiva.
Este tipo de abusos é normalmente praticado sobre os mais novos ou fracos, incutindo o medo, através de ameaças, humilhações e ofensas, que podem levar a agressões físicas e morais de forma continuada.
Não podes confundir este tipo de actos com as brincadeiras normais do dia a dia. Se te vires confrontado ou presenciares alguma destas situações, denuncia-a de imediato.
As novas tecnologia como a internet e o telemóvel também são utilizadas no cyber-bullying. O objectivo é o mesmo, vitimizar e fragilizar, usando os grupos de chat, sms ou correio electrónico.
Em algumas situações, o bullying traduz-se em comportamentos de intolerância e discriminação racial ou étnica face a determinados grupos.
O bullying, independentemente da forma ou dos meios utilizados, causa medo e insegurança, podendo interferindo no rendimento escolar e no desenvolvimento psíquico da criança.
Como te podes proteger do bullying?
O que deves fazer ?
A única forma de parar o bullying é denunciando-o. O silêncio nada resolve.As agressões ou ameaças entre colegas tem que ser comunicadas aos adultos (pais e professores). Pedir ajuda não é nenhuma vergonha.Procura protecção noutros colegas.
Comunica a um adulto o mais depressa possível.
Escolhe alguém de confiança e conta-lhe como te sentes, o que está a acontecer, as tuas inquietações e medos.
Se és tu que dás origem ao bullying
Se frequentemente usas as frases “era só uma brincadeira” ou “mas sempre o tratei assim” ou ainda “ não é caso para tanto", pára e pensa.Nas situações de bullying existe uma pessoa que se sente maltratada por outra. O agressor sente-se forte e poderoso perante os outros. Porém, uma pessoa que age assim nunca é respeitada pelos outros, mas sim temida.Todos nós gostamos de ser tratados com confiança e respeito. Na amizade existe uma situação de igualdade com muitas brincadeiras entre amigos mas sem intenção de magoar ninguém. Caso tal aconteça pede-se desculpa e fazem-se as pazes. Certo?
Se o seu filho é vítima:
Confirme os indícios
Dê apoio e segurança de forma incondicional
Reforce a sua auto estima e elogie as suas capacidades
Dê-lhe a oportunidade de fazer novas amizades dentro e fora do centro escolar, inscrevendo-o em actividades que ele goste (desportivas ou culturais)
Mantenha uma comunicação contínua com os professores e com a escola
Se o seu filho é o agressor:
Identifique se ele tem comportamentos agressivos para os familiares, se existem queixas de outros pais ou alteração na relação com os colegas e amigos
Actue com urgência e firmeza, mantendo uma comunicação e supervisão constante
Mostre disponibilidade para o ajudar a assumir a sua responsabilidade
Ajude-o a entender o sofrimento que está a causar nas outras crianças
Mostre confiança e apoio para o futuro e valorize qualquer arrependimento que ele possa manifestar
Fale rapidamente com os professores
Procure identificar o motivo que pode estar a induzir aquela conduta
A relação com a escola
Alguns pais atribuem a culpa deste fenómeno à escola ou aos professores. No entanto a maior parte destes comportamentos estão dissimulados e passam despercebidos. A escola deverá trabalhar em conjunto com os pais na abordagem do conflito, procurando respostas adequadas que ajudem a restabelecer relações satisfatórias.
Se te manténs em silêncio a tua atitude será interpretada como aprovação.
Tu podes fazer a diferença!
Não rias das piadas ofensivas
Fala com o colega que está a ser incomodado e pergunta-lhe como se sente e se podes ajudar. Comenta com um professor de confiança o que viste
Fala com os teus pais e pede-lhes conselhos
Em caso de presenciares agressões continuadas e graves, avisa imediatamente um adulto
Propõe a discussão deste tema na turma
Cria, com a ajuda do Director de Turma, um grupo de voluntários que ajudem estes alunos
Redige um código de respeito entre colegas
Nunca te cales se presenciares qualquer situação de bullying!

Fonte:
http://nefroped.blog.com/3066339/

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Quem foi D. Luis de Ataíde?

D. Luis de Ataíde (1517 – 1580), foi o 10º Vice-Rei da Índia entre 1568 e 1571, e o 12º Vice Rei da Índia entre 1578 e1581.
Viveu durante os reinados de D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião, de D.Henrique I e de D. António (prior do Crato).
Fez serviço militar em África, segundo «Nobreza de Portugal», tomo II, página 332, e, passando ao Oriente, participou da expedição de D. Estevão da Gama ao Mar Vermelho tendo sido armado cavaleiro por ele, na igreja de Santa Catarina do Monte Sinai.
Regressando ao Reino, foi enviado à corte de Carlos V, imperador da Alemanha e rei de Aragão e Castela, e tomou parte na sua expedição contra os luteranos.
No regresso a Portugal, manteve-se estranho às lutas políticas que se seguiram à morte de D. João III a respeito da Regência. Quando D. Sebastião subiu ao trono, foi nomeado 10º Vice-Rei da India em Março de 1568.
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Partiu a 7 de Abril e chegou a Goa em 10 de Setembro de 1568.
Tratou logo de introduzir a disciplina nos serviços e manter domínio do mar. Para que tal objectivo fosse alcançado fez os maiores sacrifícios, tendo organizado esquadras que protegessem o comércio e mantivessem rigor na tributação sobre a navegação dos locais. Fez sufocar a revolta de Baticala com uma frota sob o comando de Afonso Pereira de Lacerda. Encarregou Martim Afonso de Miranda da polícia da costa do Malabar, com uma esquadra de 20 navios.
Deu caça aos corsários, e reprimiu os excessos dos malabares e atacou as forças do Samorim de Calcutá com uma esquadra comandada por D. Diogo de Meneses. Para garantir a segurança da navegação, conquistou em 1569 as praças de Onor e de Bracelor, cujos portos eram centro de piratas.
Conseguiu mudar os negócios da India, mas os príncipes indígenas aliaram-se para expulsar os portugueses. O objectivo desses príncipes era dividir entre si as cidades sobre domínio português. «Ao Hidalcão, que marchava sobre Goa, deveriam ficar pertencendo esta cidade, Onor e Bracelor; ao Nizam Melek, caberiam Chaul, Damão e Baçaim, Diu ficaria para o sultão de Cambaia».
Cercado em Goa por numeroso exército do Hidalcão, D. Luís de Ataíde conseguiu enviar um pedido de socorro a Chaul tendo resultado com essa ajuda a execução de numerosos ataques furtivos. O Nizam Melek, depois de um grande ataque a Chaul em 29 de Junho de 1571, levantou o cerco de Goa. D. Luís de Ataíde demorou as negociações de paz, deixando ao seu sucessor a tarefa de as concluir e voltou para Portugal em 6 de Janeiro de 1572.
Com o prestígio alcançado, chegou ao Tejo em 3 de Julho do mesmo ano. Entrou solenemente em Lisboa e foi conduzido debaixo do pálio da Sé à igreja de São Domingos, à direita do Rei.
Como todos os fidalgos ajuizados, reprovou os projectos marroquinos de D. Sebastião, tendo-se escusado a chefiar a expedição, após ter sido convidado pelo próprio rei. Foi então de novo nomeado vice-rei da India, o 12º e para lá partiu em 16 de Outubro de 1577 com três naus.
O título de conde de Atouguia, o 3º, lhe foi concedido por carta de D. Sebastião em 4 de Setembro de 1577.
Tendo passado o Inverno em Moçambique, chegou a Goa em 31 de Agosto de 1578, recebendo o governo de D. Diogo de Meneses. Negociou a paz com o Hidalcão, que a havia rompido, assegurou domínio onde havia pontos de conflito e refreou os excessos da alçada eclesiástica, que provocavam a emigração dos indígenas.
Faleceu pouco depois de ter recebido no Oriente notícias do desastre de Alcácer Quibir, da morte do cardeal-rei e do domínio filipino. Seu cadáver foi depositado na igreja dos Reis Magos em Goa, e trasladado muitos anos depois para o convento do Bom Jesus em Peniche, de que era donatário, e transferidos mais tarde para a igreja de Nossa Senhora da Ajuda.
Casou três vezes mas não teve geração masculina:
· 1 - com D. Joana de Távora Vilhena, filha de Luís Álvares de Távora, 13º senhor de Mogadouro, e de D. Filipa de Vilhena;
· 2 - com D. Maria de Noronha, filha do 4º conde de Odemira;
· 3 - com sua sobrinha D. Isabel de Meneses, filha de Tristão da Cunha, comendador de S. Pedro de Torres Vedras, e de sua irmã D. Helena de Ataíde. A viúva professou nas freiras descalças da Madre de Deus. em Lisboa.
A linha feminina faria recair o título em D. João Gonçalves de Ataíde, fidalgo da Casa real, neto de Simão Gonçalves da Câmara, capitão donatário da ilha da Madeira, e de sua 2ª mulher D. Isabel da Silva, filha de D. João de Ataíde, conde de Atouguia.
Está ligado a Peniche porque sendo o 3º Conde de Atouguia, e atendendo à proximidade e conhecimento da área, foi encarregue pelo rei D. João III (1521-1557) de edificar uma fortaleza nesta cidade.
As obras da fortaleza de Peniche, iniciadas por D. Luís de Ataíde, sofreram várias interrupções, nomeadamente entre os anos de 1568 e 1577, período em que o conde de Atouguia assumiria por duas vezes o cargo de vice-rei da Índia.
A Fortaleza tinha por fim proteger as populações das incursões corsárias que frequentemente assolavam estas paragens. Esta necessidade de defesa ficou bem patente numa carta que D. Afonso de Ataíde, senhor da Atouguia, enviou a D. João III, em resposta às preocupações do monarca quanto a todas as questões relativas à construção de uma fortaleza em Peniche. Afonso de Ataíde, numa exaustiva explanação, esclareceu a necessidade de defesas lembrando que "(...) se nom tiver defemsão, podem desembarcar cem mil combatentes em terra, e podem-se fazer fortes naquella ilha (...)". Custariam as obras de fortificação, por orçamento bem descriminado do mestre Luís Fernandes, a quantia de um conto e oitocentos e setenta mil e oitocentos reis, em que se incluía o Castello por 1.414$800 reis.

Fontes:
http://www.portugalweb.net/castelos/beiral/penicheap.asp
http://www.sokarinhos.com.br/HISTORIA/historiaportugal_IIdin_dsebastiao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Lu%C3%ADs_de_Ata%C3%ADde

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pricipais linhas de actuação para o ano lectivo 2008/9

1. CONHECER A ESCOLA – Os seus problemas e as suas necessidades.
Como?
Através de REUNIÕES com:
- Órgãos directivos
- Directores de turma
- Representantes dos funcionários

Através de INQUÉRITOS:
- Aos pais
- Aos alunos
- E a toda a comunidade educativa

2. PARTICIPAR ACTIVAMENTE NA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DA ESCOLA
Como?
Através da nossa disponibilidade para colaborar com quem nos contacte, órgãos directivos, directores de turma, professores, pais, alunos, funcionários, para a procura de caminhos que permitam que a escola seja um espaço de aprendizagem, de harmonia e de solidariedade.

3. ENVOLVER A COMUNIDADE E EM ESPECIAL OS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO:
Como?
Através da comunicação rápida e eficaz:
- Site na internet
- Blogue
- Artigos nos jornais locais



Através da participação:
- Acções de sensibilização no sentido de chamar os pais à escola e alertá-los para a importância da sua participação na vida escolar dos seus filhos
- Elaboração e envolvimento em projectos de animação do espaço escolar e de angariação de fundos, para compra de material para a escola.

4. A NIVEL ESTATUTÁRIO
- Criar um grupo de trabalho para analisar os actuais estatutos da associação e propor as necessárias adaptações à nova realidade decorrente não só da situação de inactividade da associação nos últimos anos, mas também da integração da escola num agrupamento vertical.

5. A NIVEL DO ASSOCIATIVISMO
- Colaborar activamente com a outra associação de pais existente no agrupamento, a da Escola nº 1, para que a informação flua atempadamente entre estas duas estruturas.
- Colaborar com a CONFAP

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conselhos aos pais

Não queremos ser considerados leaders ou detentores de verdades incontestáveis, porem, como associação de pais, temos responsabilidades que não queremos declinar e é neste sentido que publicamos este pequeno texto no intuito de transmitir algumas recomendações aos pais e encarregados de educação, com a certeza de que, para muitos deles, o que aqui se escreve é do mais elementar sentido comum.
Apoio à actividade escolar:
- Como correu a escola? Claro que todos nós, ou quase todos, fazemos essa pergunta, contudo ela não deverá ser uma forma de pensarmos “muito bem, já cumpri o meu dever de apoio escolar ao meu filho!”.
Quanto a nós o apoio de que os nossos filhos e filhas necessitam vai muito para além dessa pergunta, e acreditamos que não é extraordinariamente difícil prestar esse apoio. Coisas simples é o que aconselhamos, acções que demorarão o máximo 15 minutos por dia a começar pelos trabalhos de casa.
Se a maioria de nós não tem a formação para ensinar a fazer os trabalhos de casa, há regras simples que podemos implementar.
A primeira dessas regras é obrigar os nossos filhos a, antes de começarem a fazer os exercícios, lerem primeiro a matéria. Muitas das crianças começam por fazer os exercícios sem primeiro ler a matéria, isto obriga a que constantemente tenham que interromper o trabalho e voltar atrás para ler a lição, demorando a tarefa de fazer os trabalhos de casa muito mais do que o necessário e o desejável.
Outra coisa que podemos fazer é ver os livros de estudo dos nossos filhos. Também nós podemos aprender com a leitura dos manuais, os texto e as gravuras são na maioria dos casos muito interessantes e apelativas e, podem querer, que também os pais vão ficar entusiasmados com a escola.
Além dos livros há os cadernos onde escrevem os sumários das aulas e apontam as lições. Aí poderemos não só acompanhar a matéria mas também dar algum contributo no que diz respeito à apresentação dos cadernos. Esse é um dos pontos da avaliação do aluno e nós, com o nosso sentido crítico, podemos contribuir para que os nossos filhos tenham melhores notas, através de chamadas de atenção para a caligrafia, para a “arrumação” do texto e dos exercícios e para a “limpeza” do próprio caderno.
Outro dos pontos importantes em que podemos ajudar é na organização. A começar pela verificação da mochila e conferir que os livros e cadernos que levam dizem respeito as disciplinas do horário.
Uma agenda para apontar as datas dos testes é outra ideia.
São estas algumas das ideias que temos em relação ao apoio aos nossos filhos. Claro que haverá muitas mais e, desde já, fazemos o apelo à comunidade educativa, pais, professores, alunos e pessoal não docente para que nos façam chegar outras ideias sobre esta matéria que prometemos publicaremos com todo o gosto.